9.12.2009

Cateterismo Cardíaco- Tudo o que você precisa de saber!!!

O que é o cateterismo cardáco?
Qual é a finalidade do cateterismo?
Como posso preparar-me para a realização deste exame?
O que é uma sala de hemodinâmica?
O que posso esperar durante o exame?
O que acontecerá após o cateterismo?
O cateterismo é um exame seguro?
O que posso esperar no regresso a casa?





O que é o cateterismo cardáco?



O cateterismo cardíaco, significa a introdução de um pequeno tubo especial chamado introdutor
numa veia e/ou numa artéria do braço ou perna. Os cateteres são depois dirigidos sob controlo
radiológico pelos vasos sanguíneos até ao coração.


Qual é a finalidade do cateterismo?

A finalidade do cateterismo é descobrir qualquer anomalia nos vasos sanguíneos principais (aorta e
artéria pulmonar), nas cavidades ou válvulas cardíacas e nas artérias coronárias. O conhecimento e
importância relativa da anomalia encontrada, permitirá ao médco e ao cirurgião estabelecerem os
planos para o tratamento médico ou cirúrgico.




Como posso preparar-me para a realização deste exame?


A preparação inicial para o exame consiste nos seguintes procedimentos:
· Realização da tricotomia (rapar os pêlos) da região inguinal direita e esquerda, em forma de calção
de banho. Esta tricotomia embora possa ser realizada pelo doente, depois deverá ser
supervisionado pela enfermeira.
· Deve ficar em jejum 6 horas antes do exame, e ser-lhe-á dito para deixar de comer e beber. O
jejum reduzirá a possibilidade de vómitos e náuseas durante o exame. Após o cateterismo poderá
voltar a comer e beber.
· Deve urinar antes de deixar o quarto para ir com a bexiga vazia.
· Um comprimido ser-lhe-á dado antes de ser transportado para a sala onde realizará o exame (sala
hemodinâmica).
· Uma enfermeira dir-lhe-á se deve deixar no quarto roupa interior, dentaduras, óculos, relógio,
colares, anéis, etç.

O que é uma sala de hemodinâmica?

A sala de hemodinâmica asselha-se a uma sala de cirurgia, mas com aprelhagem complexa e
sofisticada. Que o pode deixar apreensivo. Parte do equipamento da sala destina-se à sua própria
segurança e parte constitui o que é necessário para o exame – Rx, monitor, injector de
contraste, etç. Para amenizar o ambiente da sala, há habitualmente uma música de fundo que
tornará a sua permanência alí, mais agradável.



O que posso esperar durante o exame?

Uma enfermeira dar-lhe-á as boas vindas e explicar-lhe-á tudo o que se irá passar. Sempre que
possível permanecerá ao seu lado e prestar-lhe-á a assistente necessária. Uma vez deitado, um
técnico de cardiologia colocar-lhe-á eléctrodos nos braços e pernas, que permitem ver o
electrocardiograma durante o período que permanecer na sala.
Depois, um dos elementos da equipa começa por desinfectar o local a ser utilizado, para de seguida
cobrir todo o paciente com panos esterilizados, excepto na área a ser utilizada. Não pode nunca
tocar nestes panos para não os infectar. Depois o médico injectará através de uma pequena agulha
um anestésico local, na área que vai ser utilizada. Sentirá uma sensação de ardor seguida de
adormecimento ao fim de alguns segundos.
Seguidamente será puncionada a artéria e aventualmente a veia com uma agulha especial onde são
colocados um ou mais introdutores (“tubos com válvulas”), podendo sentir uma
sensação ligeiramente dolorosa. A partir deste momento não sentirá mais dor. A progressão é feita
através dos vasos sanguíneos na direcção ao coração, sob o controlo radioscopico, como poderá
observar no écran suspenso no tecto. A passagem dos cateteres através das cavidaes cardíacas
pode provocar palpitações (batimentos rápidos do coração). É normal senti-las.
Durante o exame ser-lhe-á pedido que posicione os seus braços flectidos com as mãos sob a
cabeça. Numa dada altura ser-lhe-á ainda pedido para encher o epito de ar e não respirar (como lhe
pedem quando vai fazer um Rx aos pulmões), e depois ouvirá dizer “à vontade”,
significa que já pode respirar normalmente. Esta sua colaboração é fundamental. Se sentir náuseas,
palpitações, dor no peito, deve dizer de imediato ao médico. O cateterismo demora habitualmente
menos de uma hora.


O que acontecerá após o cateterismo?

Quando terminar o exame regressa à enfermaria onde serão retirados os introdutores, e o médico
ou a enfermeira farão uma compressão local durante 20 a 30 min, para evitar sangrar no local de
introdução dos cateteres. Quando se verificar que não há qualquer hemorragia, será aplicado um
penso compressivo. São necessárias seis horas para que a hemostase seja considerada completa.
O doente deve permanecer deitado, embora com a cabeceira da cama ligeiramente levantada (30º),
e podendo mexer livremente os braços e a outra perna. No entanto, não se deve sentar ou voltar de
lado, durante o período que foi mencionado. Se tiver de tossir ou espirrar faça compressão com os
dedos no local do penso. Se sentir dor súbita ou sensação quente na perna utilizada no exame,
deve chamar de imediato a enfermeira. Se necessário, iniciar-se-á nova compressão, até que a
hemorragia pare completamente.
Os seus sinais vitais (pressão arterial e pulso) serão avaliados com frequência pela enfermeira,
incluindo o estado do pulso arterial da sua perna. Se sentir qualquer dor no peito, pescoço,
maxilares ou costas, se sentir falta de ar, cansaço ou sensação de tontura ou desmaio, diga sempre
à enfermeira.


O cateterismo é um exame seguro?

O cateterismo cardíaco é considerado um exame seguro e quase sem riscos. No entanto, pode
acarretar um pequeno risco de complicações, nomeadamente: as recções vagais (sensação e
desmaio quando são retirados os introdutores) e a hemorragia no local utilizado. O risco do exame é
habitualmente dado pelo risco e gravidade da doença cardíaca que está a ser diagnosticada.

O que posso esperar no regresso a casa?

Geralmente tem alta no dia seguinte ao exame, consoante o seu estado geral. Antes de sair, o
penso ser-lhe-á mudado para um simples adesivo ou penso rápido. É frequente sentir-se um pouco
fatigado durante um ou dois dias, podendo sentir uma impressão dolorosa no local utilizado, e por
vezes um inchaço ou nódoa negra nessa área.
Poderá recomeçar as suas actividades normais no 2º dia após o cateterismo, a menos que o médico
lhe diaga para evitar algumas delas. No entanto, nas 72 horas que procedem o cateterismo deve
evitar fazer esforços com o membro intervencionado, e andar muito sobre o mesmo. Poderá tomar
banho sem necessidade de cobrir o local de inserção do cateter.
Se tiver doença cardíaca, poder-lhe-á ser proposto um destes tipos de tratamento:
· Médico
· Cirúrgico
· Angioplastia coronária. Procedimento em tudo semelhante ao cateterismo diagnóstico, com a
excepção de que o cateter introduzido tem um balão que vai ser insuflado para dilatar a artéria que
está estenosada (apertada).

7.19.2009

Menos 600 mortes por enfarte em três anos


Coordenador nacional estima que mortalidade por enfarte atingiu os 9% em 2008, perante o melhor acesso dos doentes a cuidados especializados
Entre 2005 e 2008 terão morrido menos 580 pessoas por enfarte agudo do miocárdio, um dado que tem directamente a ver com o melhor acesso às unidades coronárias, mais especializadas, e a tratamentos atempados de desobstrução das artérias. O coordenador nacional das doenças cardiovasculares, Rui Ferreira, disse ao DN que a mortalidade por enfarte tem caído: "12,19% dos doentes internados em hospitais morriam em 2005. Em 2008, estimamos que tenha sido atingida uma taxa de 9%." Uma melhoria numa altura em que as doenças cardiovasculares continuam a ser a principal causa de morte nacional.
Dados da coordenação revelam que, anualmente, são internados cerca de 11 800 portugueses vítimas de enfarte, mas o número de mortes tem vindo a baixar de 2005 (1437) para 2008, em que se prevêem pouco mais de mil.
Segundo os indicadores de actividade do ano passado, a que o DN teve acesso, foram admitidos 16 020 doentes em unidades coronárias, mais 50% do que em 2007. Através das vias verdes, projecto que envolve a participação do INEM, ingressaram nos hospitais 717 doentes, quase o triplo de 2006.
O cardiologista Miguel Mendes elogiou o aumento de técnicas como a angioplastia primária, realizada em 2402 doentes em 2008 (mais 26,5% que em 2007). O tratamento, que consiste na desobstrução da artéria coronária, "é cada vez mais usado do que a trombólise, porque é mais eficaz e tem menos complicações", refere. Mas o ideal é que as pessoas cheguem cedo ao hospital.
O especialista alerta que só no Algarve as vias verdes estão a cobrir 60% dos casos de enfarte, quando no "resto do País essa percentagem é inferior a 10%" (4% em 2008, para se ser exacto). "As pessoas ainda não estão atentas aos sintomas, não actuam a tempo. Além disso, ainda há problemas de coordenação e articulação da rede de unidades." A generalidade das cirurgias cardíacas tem aumentado, com excepção das pediátricas, por se optar por alternativas. Mas os transplantes caíram de 51 para 42.
Em Portugal, 35% das mortes anuais devem-se a doenças cardiovasculares
. Só o acidente vascular cerebral (AVC) vitima cerca de 16 mil pessoas por ano, o dobro do que se verifica em Espanha, por exemplo. O País, que está praticamente coberto por unidades de AVC (ver entrevista), já consegue dar resposta a 6911 casos nestes centros especializados, que se caracterizam por ter equipas multidisciplinares ou cuidados de reabilitação. A mortalidade tem estado estabilizada em 15%, o que significa que, anualmente, mais de cem mil portugueses têm um AVC.
Pela via verde chegam 1159 doentes, quando em 2006 eram apenas 180. O tratamento mais eficaz ao AVC, que deve ser administrado nas primeiras horas, abrangeu 587 pessoas nestas unidades, quando apenas 377 a tinham recebido em 2007.

in DN-19.07.09

5.18.2009

MAIO: MÊS DO CORAÇÃO


"Maio é Mês do Coração"


No mês de Maio, Mês do Coração, a Fundação Portuguesa de Cardiologia aproveita para relembrar aos portugueses os riscos das doenças cardiovasculares. Este ano o tema principal da campanha é a obesidade nos jovens, questão muito debatida ultimamente. Segundo a Fundação, uma em cada três crianças é obesa ou tem excesso de peso. É precisamente devido aos maus hábitos alimentares adquiridos nos últimos tempos, que a população começou a ter problemas cardiovasculares cada vez mais cedo, e estes passaram a ser uma preocupação de todos e não apenas dos mais idosos, como se poderia pensar. Assim, Os pais têm que se mexer porque a prevenção começa com a prática de actividade física e com uma alimentação saudável.








2.07.2009

EXAMES DE DIAGNÓSTICO DAS DOENÇAS CARDÍACAS I


ELECTROCARDIOGRAMA ECG

O eletrocardiograma, conhecido como ECG, é um recurso diagnóstico extremamente útil e rápido na prática cardiológica clínica. É um exame não invasivo e indolor de baixo custo que não ocasiona qualquer risco ao paciente. O ECG permite identificar o pacemaker natural que inicia cada novo batimento do coração, as vias nervosas de condução dos estímulos e a velocidade (frequência) e o ritmo cardíaco. Um ECG evidencia também quando o músculo cardíaco é fino ou inexistente por ter sido substituído por tecido não muscular; este quadro pode ser o resultado de um ataque de coração (enfarte do miocárdio).




O ECG realiza o registro da atividade eléctrica do coração. Permite identificarmos alterações metabólicas de nosso organismo, alterações anatómicas do coração e diferentes doenças cardíacas.

Mesmo com a evolução de outros métodos diagnóticos, o ECG permanece como o principal recurso para o diagnóstico de anormalidades do ritmo cardíaco, conhecidas clinicamente como arritmias cardíacas. É também um método fundamental na avaliação de pacientes com angina de peito. Possibilita a rápida confirmação do diagnóstico de enfarte agudo do miocárdio em muitos pacientes com suspeita clínica da doença, auxiliando na escolha do melhor tratamento para o paciente.
Deste modo, o ECG é utilizado tanto nas avaliações cardiológica de rotina e no acompanhamento de doenças crónicas quanto no diagnóstico e guia para o tratamento de emergências cardiológicas.


2.06.2009

MIOCARDIOPATIA


A miocardiopatia é uma pertubação progressiva que altera a estrutura ou prejudica o funcionamento da parede muscular das cavidades inferiores do coração (ventrículos).
A miocardiopatia pode ser provocada por muitas doenças conhecidas ou por uma causa não identificável.

MIOCARDIOPATIA CONGESTIVA COM DILATAÇÃO

A miocardiopatia congestiva com dilatação é um grupo de pertubações cardíacas em que os ventrículos se dilatam, mas não são capazes de bombear o sangue suficiente para as necessidades do organismo; em consequência, produz-se uma insuficiência cardíaca.

Esta doença determina uma chegada de sangue insuficiente ao músculo cardíaco,o que pode conduzir a lesões permanentes. A parte não lesionada do músculo cardíaco distende-se para compensar a perda da acção de bombeamento. Quando esta dilatação não pode compensar o défice adequadamente, produz-se a miocardiopatia congestiva dilatada.
Uma inflamação aguda do músculo cardíaco (miocardite*), causada por uma infecção viral, pode debilitá-lo e produzir uma miocardiopatia congestiva com dilatação (por vezes chamada miocardiopatia viral). A infecção pelo vírus Coxsackie B* é a causa mais frequente de miocardiopatia viral.

*Miocardite aguda


* Virus Coxsackie corados de castanho nos miócitos infectados



SINTOMAS E DIAGNÓSTICO


Os sintomas iniciais da miocardiopatia congestiva com dilatação (sentir falta de ar (dispneia) durante um esforço físico e cansar-se facilmente) são os resultados do enfraquecimento da acção de bombeamento do coração (insuficiência cardíaca).

Quando a causa da miocardiopatia é uma infecção, os primeiros sintomas podem ser a febre repentina e outros semelhantes aos da gripe. Em qualquer caso, a frequência cardíaca acelera-se, a pressão arterial é normal ou baixa, há retenção de líquidos nas pernas e o abdómen e os pulmões enchem-se de líquido.
A dilatação do coração faz com que as válvulas cardíacas se abram e fechem incorrectamente; no caso da válvula tricúspide e da válvula mitral, produz-se um reflexo anormal de sangue dos ventrículos para as aurículas durante a sístole, porque as válvulas não fecham bem. O fecho inadequado das válvulas causa sopros que se podem ouvir com um fonendoscópio. Por último, as lesões e a distenção do músculo cardíaco determinam um ritmo cardíaco anormalmente rápido ou então lento. Estas anomalias alteram ainda mais a função de bombeamento do coração.
O diagnóstico baseia-se nos sintomas e num exame físico. O electrocardiograma (um exame que regista a actividade eléctrica do coração) revela mundanças características. O ecocardiograma (um exame que utiliza ultra-sons para criar uma imagem das estruturas cardíacas) e a ressonãncia magnética (RM) confirmam o diagnóstico. Se apesar destes procedimentos o diagnóstico for ainda duvidoso, uma avaliação mais precisa requer a introdução de um cateter que permita medir pressões dentro do coração. Durante o caterismo, pode extrair-se uma amostra de tecido para o analisar ao microscópio (biopsia) e assim confirmar o diagnóstico e, muitas vezes, reconhecer a causa.

Abertura do meu blog....Bem vindos!!!!


Olá, lanço este "blogue/diário" com o intuito de partilhar a todos os cibernautas a minha experiência de vida, enquanto doente de Miocardiopatia. Doença esta que ainda é infelizmente desconhecida entre nós. É preocupante, o caminhar da nossa sociedade onde a falta de informação pondera, e sim uma despreocupação muito grave quando se debate e se abordam as doenças cardiovasculares que não sendo tratadas a tempo, deixam riscos impagáveis na poderosíssima máquina insubstituível!
Deixo uma breve atenção aos similares sintomas iniciais (ex:febre constante, dispneia, cansaço...) que por vezes ignoramos e julgamos solucionar com uma simples aspirina (...)
*Espero que estas informações lhes sejam úteis, para se prevenirem de quaisquer doença cardiovascular!!!
CUIDE DO SEU CORAÇÃO!!!! ELE MERECE!!!