8.22.2012

O que são palpitações cardíacas?



O que são palpitações cardíacas?

Normalmente, não sentimos nosso coração bater. A palpitação ocorre quando passamos a perceber os batimentos cardíacos. Esses batimentos podem ser rápidos, precoces ou irregulares e podem ser percebidos no tórax, abdome ou pescoço.Podem ocorrer em qualquer situação (repouso ou durante atividades diárias). Às vezes, são percebidas como uma sensação do coração parar ou um peso ou pontada no tórax.




Eletrocardiograma demonstrando batimento precoce (extra-sístole ventricular) que leva ao paciente sentir palpitações
O que causa palpitações?


As palpitações podem ser causadas por arritmias cardíacas, doenças cardíacas não-arrítmicas, condições clínicas variadas (gravidez, hipertireoidismo, baixa taxa de glicose, baixa oxigenação, febre, anemia, desidratação, hemorragia), emoções (medo, estresse), causas psiquiátricas (ansiedade, síndrome do pânico) ou uso de medicações (hormônios tireoidianos, antitussígenos, antiarrítmicos, descongestionantes, broncodilatadores para asma) e/ou drogas (álcool, nicotina, cafeína, cocaína e anfetamina). As arritmias cardíacas são classificadas como: taquiarritmias (freqüência cardíaca >100bpm), bradiarritmias (freqüência cardíaca < 60bpm), ritmos irregulares (como fibrilação atrial) ou batimentos prematuros (extra-sístoles).

Quando as palpitações estão associadas a problemas de saúde mais sérios?


Quando estão ligadas a sintomas como tontura, dispnéia (falta de ar), sudorese fria, quase-desmaio ou desmaio e dor no peito.


A presença de doença cardíaca (infarto do miocárdio prévio, cardiomiopatia dilatada ou hipertrófica, lesões valvares), história de desmaios e história familiar de morte súbita devem ser valorizadas para se avaliar alto risco de arritmias.

Como proceder se tenho palpitações?


Você deve procurar um médico cardiologista para avaliação das palpitações. Em muitos casos, o diagnóstico das palpitações é difícil. O médico deverá fazer uma revisão sobre sua história médica, seus sintomas, suas medicações e dietas.

É necessário realizar alguns exames como: eletrocardiograma, exames de sangue e urina, radiografia do tórax, ecocardiograma (ultrassom cardíaco) e outros. Se houver suspeita de alguma arritmia, poderá ser necessário realizar outros exames como cateterismo cardíaco ou estudo eletrofisiológico.

Como as palpitações são tratadas?

O tratamento depende da causa das palpitações. Se elas não estiverem associadas a problemas cardíacos, geralmente não necessitam de tratamento. Se houver algum tipo de problema cardíaco, o médico determinará o tratamento apropriado com medicações, ablação ou cirurgia.

Como prevenir as palpitações?


Diminuir o nível de estresse, cessar o uso de drogas como cocaína ou anfetamina, diminuir a ingestão de álcool, limitar o consumo de bebidas que contenham cafeína, fazer exercícios regularmente, evitar atividades que desencadeiam palpitações (como esforços físicos exagerados).



. COMO O CORAÇÃO FUNCIONA?

Para que o coração faça o trabalho de bombear o sangue através do corpo, ele necessita de um estímulo. Esse estímulo é um impulso elétrico que se origina numa área do coração (o átrio direito) chamada “nódulo sinusal”, que é o marcapasso natural do coração. Funciona como um gerador de energia elétrica que faz o coração bater entre 60 e 100 vezes por minuto em condições normais de repouso.
Para que este estímulo elétrico produza um batimento cardíaco, ele precisa se propagar pelo sistema de condução elétrica do coração, atravessando estruturas como o nódulo atrioventricular (localizado no centro do coração entre os átrios e os ventrículos) – onde sofre um desaceleramento – e o feixe de His, se espalhando pelos ventrículos direito e esquerdo, o que provoca a contração do coração.
Esses batimentos podem ser acelerados durante atividades físicas, febre, anemia ou diminuídos durante o sono. Algumas medicações (broncodilatadores, descongestionantes, antitussígenos, suplementos nutricionais) também podem alterar a freqüência destes batimentos.
Em algumas situações, este sistema elétrico encontra-se alterado causando "curtos-circuitos" que podem resultar em taquicardias ou batimentos rápidos (palpitações) acompanhados de desmaios (síncopes), tonturas (pré-síncopes), cansaço, respiração curta, dor ou opressão no peito.
Em outras situações, o sistema elétrico do coração pode apresentar bloqueios que não permitem a passagem do impulso elétrico. Quando isto acontece, o coração bate mais lentamente, o que resulta em bradicardias ou batimentos lentos do coração, que pode ser acompanhados também de desmaios, tonturas e/ou cansaço.

Como você reconhece que o seu batimento está acelerado?
  • Você deverá palpar seu pulso com os dedos indicador e médio na região do punho (parte inferior do braço). (Ver figura)
  • Aperte o pulso com os seus dedos
  • Conte o número de batimentos em trinta segundos
  • Multiplique esse valor por 2 e você encontrará valor de batimentos por minuto.
OBS: Quando você sentir seu pulso, veja se o pulso está regular ou irregular.
É considerado anormal acima de 100 batimentos por minuto no repouso.

9.07.2011


Dia Mundial do Coração (29.Set. 2011)


Todos os anos morrem 17,1 milhões de pessoas devido a
doenças cardiovasculares, e 82% destas mortes ocorrem em países de baixos e médios rendimentos. Este número excessivamente elevado de mortes é particularmente perturbador uma vez que medidas como a alimentação saudável, a realização de actividade física regular e a abstinência do tabaco podem evitar a maioria dos eventos fatais. Os líderes mundiais reconhecem a urgência em dar prioridade à prevenção e controlo das doenças cardiovasculares em conjunto com outras Doenças Não Transmissíveis (DNT), tais como o cancro, doenças respiratórias crónicas e a diabetes, através da realização da 1ª Reunião da Nações Unidas sobre DNT em Setembro. No entanto, é importante que os esforços para o combate das doenças cardiovasculares não se resumam aos desenvolvidos pelos legisladores e líderes mundiais. Cada um de nós, individualmente, pode reduzir o impacto das doenças cardiovasculares conhecendo melhor os factores de risco e tomando medidas para reduzir o próprio risco e da sua família. O lar é o centro das actividades da família e um ponto fulcral nas nossas vidas, constituindo o local perfeito para implementar medidas que melhorem a saúde do nosso coração. Por esse motivo, este ano, a Federação Mundial do Coração e os seus membros afiliados focam as suas atenções na nossa Casa, durante o Dia Mundial do Coração. Através da mudança e adopção de alguns comportamentos familiares saudáveis, poderemos viver mais e melhor, prevenindo e controlando as doenças cardíacas e o acidente vascular cerebral. Dia Mundial do Coração.

OS FACTORES DE RISCO DAS DOENÇAS CARDIOVASCULARES INCLUEM:

• Pressão arterial elevada • Excesso de peso • Colesterol elevado • Tabagismo • Sedentarismo • Diabete

9.10.2010

Cinco anos a bater noutra perspectiva.(...)

Já passaram cinco anos, que eu sou portador da Miocardiopatia Dilatada, uma doença indolor que com o passar dos tempos nos passa parcialmente despercebida, e a pessoa pode reaprender a viver normalmente, com as suas limitações.
Ao passar este tempo, só tenho a agradecer acima de tudo a toda equipa médica de Cardiologia da Enfermaria do C.H.Coimbra que me seguiu de perto em 2005 e que ainda hoje frequento as consultas e visito todos os meus amigos de bata branca. :D
Claro, a minha família foi um enorme suporte e fundamental na minha recuperação.

Obrigado a todos!!!!

9.12.2009

Cateterismo Cardíaco- Tudo o que você precisa de saber!!!

O que é o cateterismo cardáco?
Qual é a finalidade do cateterismo?
Como posso preparar-me para a realização deste exame?
O que é uma sala de hemodinâmica?
O que posso esperar durante o exame?
O que acontecerá após o cateterismo?
O cateterismo é um exame seguro?
O que posso esperar no regresso a casa?





O que é o cateterismo cardáco?



O cateterismo cardíaco, significa a introdução de um pequeno tubo especial chamado introdutor
numa veia e/ou numa artéria do braço ou perna. Os cateteres são depois dirigidos sob controlo
radiológico pelos vasos sanguíneos até ao coração.


Qual é a finalidade do cateterismo?

A finalidade do cateterismo é descobrir qualquer anomalia nos vasos sanguíneos principais (aorta e
artéria pulmonar), nas cavidades ou válvulas cardíacas e nas artérias coronárias. O conhecimento e
importância relativa da anomalia encontrada, permitirá ao médco e ao cirurgião estabelecerem os
planos para o tratamento médico ou cirúrgico.




Como posso preparar-me para a realização deste exame?


A preparação inicial para o exame consiste nos seguintes procedimentos:
· Realização da tricotomia (rapar os pêlos) da região inguinal direita e esquerda, em forma de calção
de banho. Esta tricotomia embora possa ser realizada pelo doente, depois deverá ser
supervisionado pela enfermeira.
· Deve ficar em jejum 6 horas antes do exame, e ser-lhe-á dito para deixar de comer e beber. O
jejum reduzirá a possibilidade de vómitos e náuseas durante o exame. Após o cateterismo poderá
voltar a comer e beber.
· Deve urinar antes de deixar o quarto para ir com a bexiga vazia.
· Um comprimido ser-lhe-á dado antes de ser transportado para a sala onde realizará o exame (sala
hemodinâmica).
· Uma enfermeira dir-lhe-á se deve deixar no quarto roupa interior, dentaduras, óculos, relógio,
colares, anéis, etç.

O que é uma sala de hemodinâmica?

A sala de hemodinâmica asselha-se a uma sala de cirurgia, mas com aprelhagem complexa e
sofisticada. Que o pode deixar apreensivo. Parte do equipamento da sala destina-se à sua própria
segurança e parte constitui o que é necessário para o exame – Rx, monitor, injector de
contraste, etç. Para amenizar o ambiente da sala, há habitualmente uma música de fundo que
tornará a sua permanência alí, mais agradável.



O que posso esperar durante o exame?

Uma enfermeira dar-lhe-á as boas vindas e explicar-lhe-á tudo o que se irá passar. Sempre que
possível permanecerá ao seu lado e prestar-lhe-á a assistente necessária. Uma vez deitado, um
técnico de cardiologia colocar-lhe-á eléctrodos nos braços e pernas, que permitem ver o
electrocardiograma durante o período que permanecer na sala.
Depois, um dos elementos da equipa começa por desinfectar o local a ser utilizado, para de seguida
cobrir todo o paciente com panos esterilizados, excepto na área a ser utilizada. Não pode nunca
tocar nestes panos para não os infectar. Depois o médico injectará através de uma pequena agulha
um anestésico local, na área que vai ser utilizada. Sentirá uma sensação de ardor seguida de
adormecimento ao fim de alguns segundos.
Seguidamente será puncionada a artéria e aventualmente a veia com uma agulha especial onde são
colocados um ou mais introdutores (“tubos com válvulas”), podendo sentir uma
sensação ligeiramente dolorosa. A partir deste momento não sentirá mais dor. A progressão é feita
através dos vasos sanguíneos na direcção ao coração, sob o controlo radioscopico, como poderá
observar no écran suspenso no tecto. A passagem dos cateteres através das cavidaes cardíacas
pode provocar palpitações (batimentos rápidos do coração). É normal senti-las.
Durante o exame ser-lhe-á pedido que posicione os seus braços flectidos com as mãos sob a
cabeça. Numa dada altura ser-lhe-á ainda pedido para encher o epito de ar e não respirar (como lhe
pedem quando vai fazer um Rx aos pulmões), e depois ouvirá dizer “à vontade”,
significa que já pode respirar normalmente. Esta sua colaboração é fundamental. Se sentir náuseas,
palpitações, dor no peito, deve dizer de imediato ao médico. O cateterismo demora habitualmente
menos de uma hora.


O que acontecerá após o cateterismo?

Quando terminar o exame regressa à enfermaria onde serão retirados os introdutores, e o médico
ou a enfermeira farão uma compressão local durante 20 a 30 min, para evitar sangrar no local de
introdução dos cateteres. Quando se verificar que não há qualquer hemorragia, será aplicado um
penso compressivo. São necessárias seis horas para que a hemostase seja considerada completa.
O doente deve permanecer deitado, embora com a cabeceira da cama ligeiramente levantada (30º),
e podendo mexer livremente os braços e a outra perna. No entanto, não se deve sentar ou voltar de
lado, durante o período que foi mencionado. Se tiver de tossir ou espirrar faça compressão com os
dedos no local do penso. Se sentir dor súbita ou sensação quente na perna utilizada no exame,
deve chamar de imediato a enfermeira. Se necessário, iniciar-se-á nova compressão, até que a
hemorragia pare completamente.
Os seus sinais vitais (pressão arterial e pulso) serão avaliados com frequência pela enfermeira,
incluindo o estado do pulso arterial da sua perna. Se sentir qualquer dor no peito, pescoço,
maxilares ou costas, se sentir falta de ar, cansaço ou sensação de tontura ou desmaio, diga sempre
à enfermeira.


O cateterismo é um exame seguro?

O cateterismo cardíaco é considerado um exame seguro e quase sem riscos. No entanto, pode
acarretar um pequeno risco de complicações, nomeadamente: as recções vagais (sensação e
desmaio quando são retirados os introdutores) e a hemorragia no local utilizado. O risco do exame é
habitualmente dado pelo risco e gravidade da doença cardíaca que está a ser diagnosticada.

O que posso esperar no regresso a casa?

Geralmente tem alta no dia seguinte ao exame, consoante o seu estado geral. Antes de sair, o
penso ser-lhe-á mudado para um simples adesivo ou penso rápido. É frequente sentir-se um pouco
fatigado durante um ou dois dias, podendo sentir uma impressão dolorosa no local utilizado, e por
vezes um inchaço ou nódoa negra nessa área.
Poderá recomeçar as suas actividades normais no 2º dia após o cateterismo, a menos que o médico
lhe diaga para evitar algumas delas. No entanto, nas 72 horas que procedem o cateterismo deve
evitar fazer esforços com o membro intervencionado, e andar muito sobre o mesmo. Poderá tomar
banho sem necessidade de cobrir o local de inserção do cateter.
Se tiver doença cardíaca, poder-lhe-á ser proposto um destes tipos de tratamento:
· Médico
· Cirúrgico
· Angioplastia coronária. Procedimento em tudo semelhante ao cateterismo diagnóstico, com a
excepção de que o cateter introduzido tem um balão que vai ser insuflado para dilatar a artéria que
está estenosada (apertada).

7.19.2009

Menos 600 mortes por enfarte em três anos


Coordenador nacional estima que mortalidade por enfarte atingiu os 9% em 2008, perante o melhor acesso dos doentes a cuidados especializados
Entre 2005 e 2008 terão morrido menos 580 pessoas por enfarte agudo do miocárdio, um dado que tem directamente a ver com o melhor acesso às unidades coronárias, mais especializadas, e a tratamentos atempados de desobstrução das artérias. O coordenador nacional das doenças cardiovasculares, Rui Ferreira, disse ao DN que a mortalidade por enfarte tem caído: "12,19% dos doentes internados em hospitais morriam em 2005. Em 2008, estimamos que tenha sido atingida uma taxa de 9%." Uma melhoria numa altura em que as doenças cardiovasculares continuam a ser a principal causa de morte nacional.
Dados da coordenação revelam que, anualmente, são internados cerca de 11 800 portugueses vítimas de enfarte, mas o número de mortes tem vindo a baixar de 2005 (1437) para 2008, em que se prevêem pouco mais de mil.
Segundo os indicadores de actividade do ano passado, a que o DN teve acesso, foram admitidos 16 020 doentes em unidades coronárias, mais 50% do que em 2007. Através das vias verdes, projecto que envolve a participação do INEM, ingressaram nos hospitais 717 doentes, quase o triplo de 2006.
O cardiologista Miguel Mendes elogiou o aumento de técnicas como a angioplastia primária, realizada em 2402 doentes em 2008 (mais 26,5% que em 2007). O tratamento, que consiste na desobstrução da artéria coronária, "é cada vez mais usado do que a trombólise, porque é mais eficaz e tem menos complicações", refere. Mas o ideal é que as pessoas cheguem cedo ao hospital.
O especialista alerta que só no Algarve as vias verdes estão a cobrir 60% dos casos de enfarte, quando no "resto do País essa percentagem é inferior a 10%" (4% em 2008, para se ser exacto). "As pessoas ainda não estão atentas aos sintomas, não actuam a tempo. Além disso, ainda há problemas de coordenação e articulação da rede de unidades." A generalidade das cirurgias cardíacas tem aumentado, com excepção das pediátricas, por se optar por alternativas. Mas os transplantes caíram de 51 para 42.
Em Portugal, 35% das mortes anuais devem-se a doenças cardiovasculares
. Só o acidente vascular cerebral (AVC) vitima cerca de 16 mil pessoas por ano, o dobro do que se verifica em Espanha, por exemplo. O País, que está praticamente coberto por unidades de AVC (ver entrevista), já consegue dar resposta a 6911 casos nestes centros especializados, que se caracterizam por ter equipas multidisciplinares ou cuidados de reabilitação. A mortalidade tem estado estabilizada em 15%, o que significa que, anualmente, mais de cem mil portugueses têm um AVC.
Pela via verde chegam 1159 doentes, quando em 2006 eram apenas 180. O tratamento mais eficaz ao AVC, que deve ser administrado nas primeiras horas, abrangeu 587 pessoas nestas unidades, quando apenas 377 a tinham recebido em 2007.

in DN-19.07.09

5.18.2009

MAIO: MÊS DO CORAÇÃO


"Maio é Mês do Coração"


No mês de Maio, Mês do Coração, a Fundação Portuguesa de Cardiologia aproveita para relembrar aos portugueses os riscos das doenças cardiovasculares. Este ano o tema principal da campanha é a obesidade nos jovens, questão muito debatida ultimamente. Segundo a Fundação, uma em cada três crianças é obesa ou tem excesso de peso. É precisamente devido aos maus hábitos alimentares adquiridos nos últimos tempos, que a população começou a ter problemas cardiovasculares cada vez mais cedo, e estes passaram a ser uma preocupação de todos e não apenas dos mais idosos, como se poderia pensar. Assim, Os pais têm que se mexer porque a prevenção começa com a prática de actividade física e com uma alimentação saudável.