2.06.2009

MIOCARDIOPATIA


A miocardiopatia é uma pertubação progressiva que altera a estrutura ou prejudica o funcionamento da parede muscular das cavidades inferiores do coração (ventrículos).
A miocardiopatia pode ser provocada por muitas doenças conhecidas ou por uma causa não identificável.

MIOCARDIOPATIA CONGESTIVA COM DILATAÇÃO

A miocardiopatia congestiva com dilatação é um grupo de pertubações cardíacas em que os ventrículos se dilatam, mas não são capazes de bombear o sangue suficiente para as necessidades do organismo; em consequência, produz-se uma insuficiência cardíaca.

Esta doença determina uma chegada de sangue insuficiente ao músculo cardíaco,o que pode conduzir a lesões permanentes. A parte não lesionada do músculo cardíaco distende-se para compensar a perda da acção de bombeamento. Quando esta dilatação não pode compensar o défice adequadamente, produz-se a miocardiopatia congestiva dilatada.
Uma inflamação aguda do músculo cardíaco (miocardite*), causada por uma infecção viral, pode debilitá-lo e produzir uma miocardiopatia congestiva com dilatação (por vezes chamada miocardiopatia viral). A infecção pelo vírus Coxsackie B* é a causa mais frequente de miocardiopatia viral.

*Miocardite aguda


* Virus Coxsackie corados de castanho nos miócitos infectados



SINTOMAS E DIAGNÓSTICO


Os sintomas iniciais da miocardiopatia congestiva com dilatação (sentir falta de ar (dispneia) durante um esforço físico e cansar-se facilmente) são os resultados do enfraquecimento da acção de bombeamento do coração (insuficiência cardíaca).

Quando a causa da miocardiopatia é uma infecção, os primeiros sintomas podem ser a febre repentina e outros semelhantes aos da gripe. Em qualquer caso, a frequência cardíaca acelera-se, a pressão arterial é normal ou baixa, há retenção de líquidos nas pernas e o abdómen e os pulmões enchem-se de líquido.
A dilatação do coração faz com que as válvulas cardíacas se abram e fechem incorrectamente; no caso da válvula tricúspide e da válvula mitral, produz-se um reflexo anormal de sangue dos ventrículos para as aurículas durante a sístole, porque as válvulas não fecham bem. O fecho inadequado das válvulas causa sopros que se podem ouvir com um fonendoscópio. Por último, as lesões e a distenção do músculo cardíaco determinam um ritmo cardíaco anormalmente rápido ou então lento. Estas anomalias alteram ainda mais a função de bombeamento do coração.
O diagnóstico baseia-se nos sintomas e num exame físico. O electrocardiograma (um exame que regista a actividade eléctrica do coração) revela mundanças características. O ecocardiograma (um exame que utiliza ultra-sons para criar uma imagem das estruturas cardíacas) e a ressonãncia magnética (RM) confirmam o diagnóstico. Se apesar destes procedimentos o diagnóstico for ainda duvidoso, uma avaliação mais precisa requer a introdução de um cateter que permita medir pressões dentro do coração. Durante o caterismo, pode extrair-se uma amostra de tecido para o analisar ao microscópio (biopsia) e assim confirmar o diagnóstico e, muitas vezes, reconhecer a causa.

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